segunda-feira, 21 de março de 2011

VIVER E NÃO SOBRE-VIVER!

A gente só começa a viver de verdade no dia em que descobre que a vida não vai durar pra sempre.
Talvez você esteja pensando que eu disse uma tolice, pois é claro que todo mundo sabe que vai morrer!
Na verdade, com o festival de chacinas que se assiste diariamente nos telejornais, com gente morrendo por todos os lados, era mesmo de se esperar que todo mundo já soubesse que também pode e vai morrer. A qualquer momento.
Infelizmente não é assim.
Morrer continua a ser uma ideia vaga e absurda para a maioria das pessoas.
Algo que só se vê, de verdade, nos telejornais e em lugares muito distantes.
Na vida real, só ocorre mesmo com o vizinho…
De preferência, com os mais chatos.
Com a gente, nunca!
Vivemos como se todos nós tivéssemos sido hipnotizados para acreditarmos que vamos durar para sempre.
Por isso a gente adia tanto, tudo, o tempo inteiro.
O projeto de ser feliz, a mudança de emprego, de cara, de cidade, de par amoroso.
Deixa para uma hora mais propícia, menos problemática, mais oportuna e menos inadequada.
Sempre para daqui a algum tempo, quando a gente tiver mais dinheiro, quando a gente se aposentar, quando os filhos crescerem, quando tivermos uma folga, quando a economia se normalizar.
Antes  de mais nada, é preciso sobreviver, ganhar dinheiro, fazer sucesso – pensa a maioria.
A vida mesmo vai ficando para depois, quando todas essas coisas tão mais importantes já estiverem equacionadas e resolvidas.
O problema é que vida não entende essa linguagem de adiamento.
“Oportuno” e “adequado” são palavras sem nenhum significado para o ritmo da vida.
Vida é como sorvete debaixo de sol quente: - ou você toma na hora ou vai ficar chupando dedo.
Vida é um negócio de “aqui” e “agora”, de extrema premência e necessidade.
Eu sempre achei muito engraçado as pessoas usarem esse verbo “sobreviver” em lugar de “viver”.
Sobreviver significa continuar a viver depois que aconteceu algum sinistro grave, como um incêndio de grandes proporções ou a queda de um avião.
Constatado que a pessoa não tem nenhuma ocorrência deste tipo em seu prontuário, conclui-se que a tragédia, da qual ela escapou ilesa (e por isso está condenada a viver) foi ter nascido …
A maior tragédia que pode acontecer a alguém é passar pela vida sem viver.
Nenhuma justificativa explica perder a chance de estar vivo, de existir, de experimentar cada momento – escasso e passageiro - que se tem neste mundo.
Nem um grande negócio.
Nem todo o dinheiro do mundo.
Nem um sucesso de arrebentar a boca do balão.
Viver a vida é o item principal na cesta básica de qualquer pessoa.
Com a vida é assim, ou você faz agora, já... com os recursos que tem, ou esquece.
                                                                                         - Karol  A.-

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